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África Digital: Cresce o Cibercrime e Ameaça Negócios – O Que É e Como Se Proteger

16 de julho de 2025 Ameaças
África Digital: Cresce o Cibercrime e Ameaça Negócios – O Que É e Como Se Proteger

Introdução

Um relatório recente da INTERPOL revela que, em 2025, o cibercrime na África atingiu níveis alarmantes, principalmente em países com mais de 500 milhões de usuários de internet. Isso coloca em risco empresas, governos e pessoas — e traz lições importantes para qualquer economia em desenvolvimento.

Principais ameaças destacadas

  1. Fraudes online (scams e phishing)
    • Phishing: golpe que imita e-mails ou sites confiáveis para roubar informações, como senhas e dados bancários.
    • Em algumas regiões da África, esse tipo de ataque já representa mais de 30% de todos os crimes relatados  .
  2. Ransomware
    • Software malicioso que bloqueia dados e exige pagamento para liberá-los.
    • Empresas, laboratórios e até sistemas de transporte já foram afetados. Na Nigéria, por exemplo, houve um ataque que exigiu US$7 milhões.
  3. Business Email Compromise (BEC)
    • Invasão de contas de e-mail corporativas para desviar dinheiro ou enganar parceiros.
    • Observou-se aumento significativo desses golpes organizados, alguns transnacionais  .
  4. Extorsão digital e sextortion
    • Golpes que ameaçam divulgar imagens íntimas ou dados sensíveis.
    • Cerca de 60% dos países africanos relataram aumento desse tipo de crime  .
  5. Fraudes com Trojans bancários e info-stealers
    • Trojan bancário: malware camuflado que rouba dinheiro diretamente da conta do usuário.
    • Info-stealer: rouba informações — como senhas — e vende para criminosos, apoiando fraudes maiores  .
  6. AI-driven fraud (fraudes com inteligência artificial)
    • Uso de IA para criar e-mails falsos, deepfakes e amplificar golpes.
    • Esse novo risco cresce, mas muitos governos ainda não estão preparados.
Classificação média dos tipos de crimes cibernéticos por impacto financeiro relatado nas sub-regiões africanas, com base nos dados dos países membros da INTERPOL. Fonte

Por que a situação está ficando pior

  • Leis defasadas e falta de capacitação: quase todos os países africanos têm sistemas legais ou policiais despreparados para lidar com crimes digitais.
  • Infraestrutura precária: poucas delegacias têm centros de relatório de incidentes, bancos de evidências digitais ou inteligência cibernética  .
  • Falta de cooperação internacional: processos legais como o auxílio mútuo são lentos e ineficientes, dificultando investigações transfronteiriças.
  • Parceria pública-privada limitada: a comunicação entre empresas de tecnologia, bancos e polícia é insuficiente, atrasando a troca de informações cruciais.

Avanços e iniciativas promissoras

  • Reforma legal: diversos países estão modernizando as leis para melhor enfrentar crimes cibernéticos.
  • Cooperação reforçada: operações lideradas pela INTERPOL e AFRIPOL, como Serengeti e Red Card, resultaram em mais de 1.000 presos e mais de 100 mil infraestruturas maliciosas desativadas  .
  • Parcerias com empresas de segurança: Kaspersky, Trend Micro e outras fornecem dados, treinamentos e suporte técnico

Recomendações práticas (aprendidas com o relatório)

  1. Capacitar as forças de segurança: mais especialistas em investigação digital e ferramentas de forense.
  2. Revisar e atualizar leis: aproximar as legislações locais dos padrões internacionais e facilitar investigações cruzadas.
  3. Fortalecer cooperação internacional: agilizar processos de ajuda mútua jurídica e troca de informações.
  4. Ampliar parcerias público-privadas: estabelecer protocolos para acesso rápido a dados e suporte técnico.
  5. Investir em prevenção: campanhas educacionais, inclusão de cibersegurança nas escolas e adoção de boas práticas (senhas fortes, autenticação por múltiplos fatores, cautela com links suspeitos).
  6. Adotar novas tecnologias: usar inteligência artificial, análise de dados em tempo real e automação no combate a golpes e fraudes.

Conclusão

O relatório da INTERPOL destaca que o cibercrime na África não é apenas um problema local — trata-se de uma tendência global, presente em economias em plena expansão  . Para negócios e governos, a mensagem é clara: digitalizar sem proteção é abrir a porta para criminosos.

Investir em leis modernas, tecnologia, capacitação e cooperação — tanto dentro quanto fora do país — é fundamental para transformar oportunidades digitais em crescimento seguro.

Referências

  1. INTERPOL – New INTERPOL report warns of sharp rise in cybercrime in AfricaDisponível em: https://www.interpol.int/en/News-and-Events/News/2025/New-INTERPOL-report-warns-of-sharp-rise-in-cybercrime-in-Africa
  2. INTERPOL – Cybercrime: Africa Cyberthreat Assessment Report 2025 (PDF)Disponível em: https://www.interpol.int/en/content/download/23094/file/Cybercrime_Africa%20Cyberthreat%20Assessment%20Report_Design_FINAL.pdf
  3. Kaspersky – Economias em desenvolvimento enfrentam maiores riscos de cibercrime até 2025, alerta a INTERPOLDisponível em: https://www.kaspersky.com.br/blog/developing-economies-cybersecurity-risks-2025-interpol/23965/
  4. Africa Legal – Greater collaboration needed to combat rising cybercrime that threatens Africa’s developmentDisponível em: https://www.africa-legal.com/news/greater-collaboration-needed-to-combat-rising-cybercrime-that-threatens-africas-economic-and-social-development-says-new-interpol-report/121968

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